A história do Laboratório Gross começa no final do século XIX, quando o Sr. Carlos Gross conclui a formação de médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (atualmente conhecida como UFRJ). Filho do Comendador alemão Carlos Guilherme Gross, o Dr. Carlos ganhou destaque logo no começo de sua carreira, quando passou a contar entre seus pacientes o Imperador D. Pedro II.

O médico inclusive estava com o Marechal Deodoro da Fonseca sob seus cuidados quando o oficial precisou de alta médica, pois fora convocado para proclamar a República. Após o feito histórico, o militar retornou a sua casa para continuar tratando da sua saúde com o Dr. Gross.

Em 1906, seu filho Fernando Gross forma-se farmacêutico, consolidando a vocação da família para atuar na área da saúde.

Seguindo o conselho de alguns amigos e sensibilizado pela necessidade de incentivar a produção nacional de medicamentos, o Dr. Fernando Gross resolve lançar-se na indústria farmacêutica, dando aplicação prática aos seus conhecimentos científicos.

Daí surgiu a criação de um pequeno laboratório de hipodermia, cujo primeiro produto lançado foi o Phosphargyrio, (medicamento para tratamento de sífilis) em 21 de julho de 1926, data que ficou sendo considerada como a da fundação do Laboratório Gross.

A produção, feita inicialmente nos fundos da quinta da família, na Rua Barão de Itambi, no bairro de Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, logo ganha grande escala comercial e, no ano seguinte, com o lançamento dos produtos Gastrobilina, Glycosôro e Phosphobismol alcança outros estados. O laboratório começa a se expandir, construindo, nas adjacências da quinta, um edifício de dois pavimentos, em uma área de 770 m².

Este é o ano do lançamento do Atroveran, um dos maiores sucessos de vendas de toda a história da indústria nacional de medicamentos e que foi decisivo na consolidação do Laboratório Gross no mercado.

Ainda no final deste ano, o Dr. Fernando Gross lança a revista mensal Vida Médica, que teve uma história de mais de 60 anos de circulação. A revista publicava os principais trabalhos das sociedades médicas e farmacêuticas do Brasil.

Ao completar 10 anos de vida, o Laboratório já contava com 51 colaboradores, a maioria mulheres. Nesse mesmo período a força de vendas contava com 11 propagandistas. E a revista Vida Médica já alcançava mensalmente quinze mil médicos.

Em 1939, com o falecimento prematuro do Dr. Fernando Gross aos 55 anos, assumem a condução dos negócios seus filhos Renato Gross e Mercedes Gross. Renato se formaria em Medicina pela Universidade do Brasil no ano seguinte, enquanto a sua irmã Mercedes, formara-se três anos antes em Medicina e em Farmácia, também pela mesma Escola. A gestão comercial do Laboratório privilegia a pesquisa e a qualidade na fabricação dos seus produtos.

Esse é também o período da 2ª Guerra Mundial, quando a maior dificuldade de importar medicamentos alavanca a indústria nacional, o que veio a contribuir para uma fase de grande impulso para o Laboratório.

Na década de 50, a empresa atinge todo o país, com crescimento significativo. Capitalizado, o Laboratório Gross adquire em 1961 o Laboratório Labrápia, que, além de atender o mercado nacional, tinha braços de produção e venda em Cuba e na Colômbia, representando um aumento de 25% nas vendas e expansão de áreas ligadas ao Controle de Qualidade e à pesquisa.

Em 1962, o terreno onde se situava a planta de produção do Gross foi desapropriado, precipitando, assim, a mudança para outra planta, sua atual instalação em uma área de 15.000 m² no bairro do Méier.

Anteriormente nesse espaço ficava uma fábrica de tecidos, por isso a mudança consumiu quase o ano todo, pois foram necessárias adaptações para receber as instalações do laboratório e as equipes administrativas. Durante esse período os produtos do Gross foram produzidos na recém-adquirida Labrápia, cuja fábrica foi vendida anos mais tarde.

O respeito conquistado pelo Laboratório Gross junto à classe médica deve-se à linha de condução dos negócios do seu fundador, um cientista, e seu sucessor, um médico.

Em 1975, problemas de saúde levaram o Dr. Renato a se afastar da Empresa e seu filho, Dr. Carlos Fernando Gross assume com apenas 21 anos. Formado em Engenharia Civil, Dr. Carlos Fernando muda a linha de condução da empresa com uma cultura comercial, com visão para negócios, mercado e oportunidades.

Dr. Carlos Fernando Gross conduz a empresa à incorporação de dois laboratórios no final da década de 70 e estas aquisições fizeram do Laboratório Gross uma das três grandes nacionais no segmento.

Na década de 80 e início de 90, convivendo com problemas nacionais como o congelamento de preços e a hiperinflação, o desafio foi sobreviver.

Muitos laboratórios nacionais fecharam suas portas, porém o Laboratório Gross superou mais este desafio.

Somente a partir de 1992, com a desregulamentação do setor promovida pelo governo, o laboratório iniciou seu processo de recuperação. E nos anos que seguem, consegue resultados fantásticos.

Graças à credibilidade da empresa junto à classe médica brasileira, o Laboratório Gross chega aos dias atuais com motivação para continuar crescendo.

Hoje o Gross dedica-se a fabricar e comercializar medicamentos de diferentes áreas terapêuticas, conta com colaboradores em diversificadas áreas como produção, qualidade, logística, vendas e marketing, atendimento ao consumidor, entre outras, e os produtos Gross estão presentes em pontos de venda em todo o país através da promoção ética para as classes médicas, hospitalar e odontológica.