27 de fevereiro de 2019
Antissépticos podem causar resistência bacteriana?
Você sabe qual é a diferença entre antibiótico e antisséptico?
O antisséptico age de forma ampla e possui o poder de inibir e reduzir o crescimento de microrganismos de forma inespecífica, reduzindo sua proliferação. O antibiótico, por outro lado, é um conjunto de substâncias derivadas de microrganismos que agem direta e seletivamente em alvos intracelulares específicos de bactérias, destruindo-as e inibindo seu crescimento e proliferação.
Você sabe por que uma bactéria se torna resistente?
Os antibióticos agem de maneira específica nas membranas das bactérias. Dessa forma, conforme o uso prolongado, as bactérias se adaptam àquela substância, passando por diversas mutações. Quanto mais tempo as bactérias são expostas aos antibióticos, mais surgem mecanismos de defesa para a garantia da sua sobrevivência. Geralmente, esses mecanismos são transferidos de uma bactéria para outra, o que aumenta a resistência de uma colônia inteira.
Portanto, após o uso prolongado de um antibiótico, as bactérias podem se tornar resistentes, diminuindo significativamente o efeito daquela substância. Escherichia coli, bactéria mais frequente em infecções do trato urinário (presente em mais de 85% dos casos), tornou-se, ao longo do tempo, mais difícil de tratar pelo aumento da resistência à terapia padrão e pelas altas taxas de recorrência.
Sepurin® causa resistência bacteriana?
As substâncias contidas na formulação de Sepurin (metenamina e cloreto de metiltionínio) possuem propriedades antissépticas. Dessa forma, dificilmente as bactérias responsáveis pela infecção urinária criarão resistência a curto, médio ou longo prazo.
Referências:
1 – RANG, Rang et al. Rang & Dale Farmacologia. Elsevier Brasil, 2015. 2 - CUSUMANO, Corinne K. et al. Treatment and prevention of urinary tract infection with orally active FimH inhibitors. Science translational medicine, v. 3, n. 109, p. 109ra115-109ra115, 2011.